Marcelo Dutra da Silva
A cultura ESG vai mudar a tua empresa
Marcelo Dutra da Silva
Ecólogo
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O ano de 2022 foi uma espécie de redescoberta do ESG, sobretudo para as empresas brasileiras. Apesar de ser algo já consolidado em grandes corporações mundo afora, o ESG local, na cadeia de fornecedores e nas empresas de menor porte, somente começou a ganhar visibilidade e atenção no último ano. Todos passaram a querer ser ESG, mesmo sem entenderem muito bem o significado desta pequena sigla, de apenas três letras, que está revolucionando o mercado.
As estratégias do ESG (Environmental, Social and corporate Governance) serão adotadas com mais intensidade em 2023 e vamos ouvir falar de sustentabilidade com muito mais frequência. Boas práticas socioambientais corporativas, em breve, não poderão ser desassociadas de novos planos de negócios. Empresas e organizações públicas tendem a se conectar a partir de 2023 e novos caminhos estão sendo criados nesta direção. Portas de conexão vem sendo criadas em diversas universidades do País, a exemplo da Furg, com instalações tecnológicas, voltadas para o empreendedorismo, laboratórios especializados em sustentabilidade, entre outras ações e compromissos firmados, em nome do desenvolvimento local e regional.
O ESG é uma grande oportunidade de gerar impactos positivos no ambiente de negócios e na sociedade como um todo. Tem como maior propósito a proteção do investimento, que só é possível quando tratado com responsabilidade e atenção à sustentabilidade. Portanto, transcende valores que vão além da importância material ou financeira. Está baseado no tripé da sustentabilidade, em que são considerados componentes da prosperidade o sucesso econômico, o bem-estar social e a proteção do meio ambiente. E toda organização que decide assumir estes princípios precisam, necessariamente, incorporar em sua gestão, novos elementos de responsabilidade social e ambiental.
Portanto, boas práticas exigem que a organização reúna conhecimentos específicos de administração, jurídicos, de atenção social e segurança no ambiente de trabalho, de comportamento ambiental, certificação e selos. E este é um pacote de conhecimento não muito disponível no mercado e com pouca produção científica acessível, pelo menos das experiências nacionais de ESG, executadas pelas corporações brasileiras. Existem relatos, registros, textos tentando levar esclarecimentos, mas ainda está faltando base científica para sedimentar práticas sustentáveis no mercado nacional.
Em outras palavras, ESG e sustentabilidade exigem mudanças de comportamento, uma nova cultura da empresa ou da organização, seja na forma que busca se relacionar com a comunidade, seja na forma de relacionamento que estabelece com seus fornecedores de insumos ou serviços. A transparência é elevada para outro nível, o acesso às informações é facilitado, diretrizes e protocolos são colocados em prática, princípios de respeito e valorização, também.
O ESG tem poder transformador e vai te surpreender. E nem é preciso muito tempo para perceber as mudanças. Ao adotar práticas de governança responsável, com impacto socioambiental positivo, tudo começa a ficar diferente dentro da empresa. O ESG altera a forma como as empresas são percebidas pela sociedade, melhora a qualidade de vida no ambiente de trabalho e muda o propósito de vida de quem investe, emprega e produz.
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